Publicado em:sexta-feira, 17 de outubro de 2014
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Pai de advogado assassinado diz que não vai 'engolir' inquérito

Rubem Soares questionou rumos da investigação sobre morte do filho. Brunno Eduardo Soares morreu a facadas após festa, em São Luís.

Por G1 MA, com informações da Rádio Mirante AM

Brunno com o irmão Alexandre e o pai Rubens (Foto: Arquivo Pessoal)Brunno com o irmão Alexandre e o pai Rubens
(Foto: Arquivo Pessoal)
O pai do advogado morto a facadas no dia 6 de outubro - após a festa de comemoração do senador eleito Roberto Rocha (PSB) - afirmou, em entrevista à Rádio Mirante AM, que não vai 'engolir' o inquérito encaminhado à Justiça sobre o caso. Rubem Soares levantou vários questionamentos sobre as investigações.

Nesta quinta-feira (16), o vigilante João José Nascimento Gomes assumiu a autoria do assassinato do advogado Brunno Eduardo Matos Soares, de 29 anos. A informação consta no inquérito assinado pelo delegado Márcio Dominice. No documento, o investigador afirma que o crime aconteceu após uma briga generalizada envolvendo as três vítimas - Brunno Eduardo, 29 anos, o irmão dele, Alexandre Soares Matos, 25, e Kelvin Chiang, 26 anos - o vigilante João José Nascimento Gomes, o suspeito que já foi preso Carlos Humberto Marão Filho, 36, e o estudante universitário Diego Polary.

"Não vão empurar esse inquérito nossa garganta abaixo. Eles não vão conseguir atingir o objetivo deles com essa manobra. Eu nunca vi um assassino tão honesto. De uma hora para a outra, tocaram no coração dele e ele resolveu dizer que foi ele. Qual o motivo que o vigia tinha para cometer no assassinato? Nenhum. Ele não estava na briga, ele não estava na festa", questionou Rubem.

Rubem também é pai de Alexandre Soares Matos, 25 anos, que ainda está hospitalizado por causa dos golpes que levou. "Esse vigia não conhecia os meus filhos, nem o amigo dos meus filhos. Ele é o super-homem, ou é mais rápido que o super-homem. Ele conseguiu assassinar uma pessoa, esfaquear outra no abdomen, esfaquear outra na costa? Meu filho disse que não viu ele sair do lugar. Meu filho disse que ele ficou parado, olhando o tempo todo", relatou.

Advogado Brunno Matos (Foto: Arquivo Pessoal)Advogado Brunno Matos (Foto: Arquivo Pessoal)
Entenda
Durante a manhã, o delegado Márcio Dominici informou que o inquérito que apura o assassinato do advogado Brunno Eduardo Soares Matos já foi concluído e será remetido à Justiça nesta terça-feira (16). "As partes teriam ingerido bebida alcóolica, isso altera os ânimos. O Diego teria danificado o retrovisor do veículo das pessoas que estavam na festa, eles foram saber o por que dele ter feito isso e daí começou a discussão, uma troca de empurrões, começou uma briga e foi quando o vigia se aproximou com uma bicicleta, supostamente para intervir a favor do Marão, e desferiu os golpes de faca", contou.

Segundo Dominici, o vigilante teria dito que não lembra a ordem dos fatos, mas afirma que foi ele quem desferiu os golpes de faca nas três vítimas e que se lembra da arma ter ficado fincada nas costas de Kelvin. "Ele alega que saiu em defesa do Carlos Marão, que estaria sendo agredido. Tudo indica que, por conta de, supostamente, bebedeira entre os envolvidos, e do momento de desequilíbrio, houve a fatalidade", revelou.

Marão teve a prisão em flagrante convertida para prisão preventiva e continua detido. "Nós temos vídeos de imagens de segurança que mostram que houve briga generalizada entre todos os envolvidos. O Marão, no próprio interrogatório, afirma que esteve na festa, participou e, por volta de 5h, quando deixou o local, encontrou um veículo na porta de sua residência, não teria gostado e a partir daí começou toda a confusão entre os envolvidos", acrescentou.
Carlos Humberto Marão Filho é suspeito de matar advogado Brunno Soares Matos (Foto: Reprodução/TV Mirante)Carlos Humberto Marão Filho é um dos suspeitos
(Foto: Reprodução/TV Mirante)
Indiciamentos
Dominici esclareceu que o vigilante e Marão foram indiciados por homicídio e tentativa de homicídio, mas não deu detalhes sobre o indiciamento do estudante. Ele disse que o inquérito concluiu bem a participação do executor e do co-autor, mas afirmou que há controvérsias quanto à participação de Polary.

"Ele [o vigia] reconheceu a faca como sendo dele, na delegacia, na presença de seu advogado, e afirmou que desferiu os golpes nas três vítimas, então ele foi indiciado como coautor executor. No caso do Marão, embora ele não seja o executor, não foi ele que propriamente matou, mas ele aderiu à condutor do executor. Enquanto [o vigia] golpeava, o Marão cometia agressões físicas. E o Diego foi indiciado, basicamente, por conta do autos de reconhecimento, essa análise que eu fiz no relatório final acerca do reconhecimento feito pelas vítimas. Eu faço uma análise subjetiva acerca do reconhecimento do Kelvin, quanto do Alexandre. Prefiro não falar aqui agora qual foi a minha análise. Ela vai ser objeto de análise pelo Judiciário", garantiu.
O delegado explicou que será necessária a realização de uma acareação e uma reconstituição simulada para concluir melhor a partipação do estudante do crime. "Como há uma controvérsia entre o interrogatório do autor confesso e as declarações da vítimas, será necessário, provavelmente, que a gente faça não só uma acareação, como a reconstituição simulada dos fatos", informa.
Dominici também afirmou que o inquérito pede uma série de medidas cautelares, mas não especificou quais. "Existe realmente cautelares solicitados no inquérito. O que eu posso adiantar é que o vigia já manifestou o desejo de se apresentar novamente para eventual cumprimento de prisão preventiva em face dos autos", conclui.
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