Publicado em:quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Postado por Unknown
PM assassinado é sepultado sob homenagens
Corpo do subtenente Emiliano Garcês Júnior foi enterrado sob uma salva de tiros. Suspeitos do crime estão presos.
Por Imirante.com
Foto: Douglas Júnior
“Cumprindo o seu dever, ou seja, defendendo a sociedade”, afirmou o comandante do Comando de Policiamento de Área Metropolitana 2, coronel Sá, durante o enterro do subtenente Emiliano Alves Garcês Júnior, de 47 anos, que ocorreu na tarde de ontem, no Cemitério do Jardim da Paz, localizado na Estrada de Ribamar. O militar foi morto a tiros durante uma intervenção policial, nas proximidades da Panificadora Moreno, na Avenida 4, no Conjunto Maiobão, mas os dois suspeitos pelo crime já foram capturados pela polícia ainda manhã da última terça-feira os assaltantes Bruno Saraiva Frazão, de 18 anos, e um adolescente de 17 anos.
Por volta das 16h, o corpo do subtenente deixou o salão paroquial da igreja católica Sagrado Coração, na Avenida 4, no Maiobão, acompanhados de militares e familiares. O cortejo passou pela Avenida 13 e seguiu pela Estrada de Ribamar escoltado pelas viaturas de diversos batalhões da PM, do Corpo de Bombeiros e até mesmo do helicóptero do Grupo Tático Aéreo (GTA).
Somente às 17h30 o cortejo chegou ao cemitério e o corpo foi carregando pelas mãos dos amigos de farda até a capela, onde foi celebrada uma missa pelo capelão da Polícia Militar, José Raimundo. Uma das mais emocionada era a mãe do subtenente, Maria do Socorro Marques, de 71 anos. “Nunca pensei em perder um filho para um marginal, principalmente dessa forma tão trágica”, desabafou a idosa. Já a esposa do militar, Ana Maria Conceição, de 28 anos, disse que a sua filha, de 5 anos, vai crescer sem a presença do seu pai e ainda deixou dois filhos órfãos do amor paterno.
Antes do caixão da vítima descer à sepultura, os homens do Batalhão de Choque deram o último adeus ao amigo de farda com uma salva de tiros. O comandante do Comando de Policiamento de Área Metropolitana I, coronel Alves, que estava representando o comandante geral da PMMA, coronel Zanoni Porto, disse que o subtenente foi um homem que mesmo não estando em serviço cumpriu o dever do militar e afirmou que todos os homens da PM estão aptos a exercer a qualquer momento a sua função, pois todos estão preparados.
Quem também esteve presente no cemitério foi o comandante do Comando de Segurança Comunitária, coronel Ismael, que disse que a polícia está presente na rua para realizar o policiamento ostensivo e proporcionar a segurança ao cidadão mesmo fora do seu horário de trabalho. Já o major Diógenes, que responde pelo comando do 13º Batalhão, declarou que o seu subordinado morreu fazendo o que mais gosta, ou seja, defendo a sociedade.
Rede social - Os militares ainda estão revoltados pela morte do companheiro de farda, o subtenente Garcês Júnior. Eles foram duros ao comentar o fato nas redes sociais, principalmente no Facebook. No perfil atribuído à Polícia Militar do Maranhão (PMMA) há uma imagem do subtenente e uma mensagem que questiona a maioridade penal no país. "Que Brasil é esse? Que Constituição de merda é essa? Que políticos são esses? Crianças matam, adolescentes estupram e ficam por isso mesmo? Aos 18 anos ficam com a ficha limpa, sem qualquer restrição", diz o texto.
Os suspeitos foram capturados pouco após o crime. Foi preso Bruno Saraiva Frazão, de 18 anos, e apreendido um adolescente de 17. Com eles, a polícia apreendeu duas armas, sendo uma delas calibre 38 com munições. Em uma nota oficial divulgada nessa página eletrônica da corporação, o comandante-geral da PM-MA, coronel Aldimar Zanoni Porto, em nome de todos os oficiais, praças e funcionários civis, emitiu seus votos de pesar pelo falecimento do subtenente. "Que Deus esteja confortando a família enlutada para que possam com brevidade superar a inestimável dor desta perda", ressalta a nota, em tom mais conservador. O subtenente Emiliano Alves Garcês Júnior ingressou na corporação como soldado em dezembro do ano de 1989. Serviu nas unidades operacionais do Batalhão de Choque, antiga Rádio Patrulha e Batalhão de Trânsito, 8º e 1º Batalhões.
Na íntegra a mensagem publicada na rede social: "É lamentável que um subtenente, com anos de experiência, anos combatendo a bandidagem, possa morrer de forma tão trágica. Faleceu prevalecendo seu juramento e em momento algum se acorvadou. 2 marginais, ladrões, bandidos e inúteis para a sociedade que são ‘de menor’ foram capturados na mesma hora e são os responsáveis pelo assassinato. Que Brasil é esse? Que Constituição de merda é essa? Que políticos são esses? Crianças matam, adolescentes estupram e ficam por isso mesmo? Aos 18 anos, ficam com a ficha limpa, sem qualquer restrição. Eram para ser jovens contribuindo com a comunidade, mas as políticas públicas favoreceram veementemente a perpetuação de amebas! #luto".
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