Publicado em:sexta-feira, 23 de outubro de 2015
Postado por Unknown
Presidente do Ibama acompanha combate a incêndio em reserva no MA
Reserva Indígena Araribóia está em chamas há mais de 40 dias. No local, 253 brigadistas estão trabalhando para controlar o fogo.
Por G1 MA
A presidente do Ibama Marilene Ramos chegou nesta quinta-feira (22) ao Maranhão para acompanhar a operação que combate o incêndio que está destruindo a floresta da Reserva Indígena Araribóia, no sudoeste do Estado, há mais de 40 dias. No local, 253 brigadistas estão trabalhando para controlar o fogo.
"Temos helicópteros, aviões, tratores que já estão aqui, por conta da especifidade da área. Aqui é mata e já é mata de transição, então, a entrada com motosserras não dá pra ser feita e nós precisamos controlar esse incêndio rapidamente", explicou Ramos.
A reserva fica localizada entre os municípios de Arame, Grajaú, Santa Luzia, Bom Jesus das Selvas, Amarante e Buriticupu e abriga cerca de 7.300 índios que vivem distribuídos em 140 aldeias. A área total possui aproximadamente 338 mil km de extensão em matas selvagens. Quase um terço já virou cinzas.
Floresta Amazônica
As labaredas formam colunas de fumaça com 30 quilômetros de extensão. Não há previsão de encerramento da operação, visto que o parque ambiental é bastante extenso e de difícil acesso. O cacique Guajajara, Osmar Paulino Guajajara, acusa os madeireiros de serem os responsáveis pelo incêndio."É o madeireiro. Porque tem madeireiro aqui arrudiando essa mata aqui, ó (sic)", afirmou.
Além dos Guajajaras e dos Gaviões, que são os donos da reserva Araribóia, o incêndio também ameaça os Awá-Guajás, uma das últimas tribos nômades da Amazônia brasileira. Em uma das áreas da selva atingida pelo incêndio, vive um grupo que ainda não teve contato com a civilização branca.
"São povos primitivos que correm sério risco de serem atingidos pelo incêndio. Há risco ainda deles serem atingidos pelo incêndio", afirma Celso Luiz Ambrósio, coordenador da operação.
Campeão em queimadas
Em 2015, o Maranhão já registrou 20.842 focos de queimadas, sendo o terceiro do ranking para o período, atrás somente do Mato Grosso (27.632 focos) e Pará (26.010). A taxa já é maior que a média histórica (1998-2015) de 19,9 mil focos. Em outubro, já foram registrados 5.507 focos. No mês, o Estado é o primeiro do ranking do Inpe.
O mês de setembro – de plena estiagem no Maranhão – foi o mais crítico do ano: ao todo, foram 6.423 focos de incêndio registrados, o maior índice de 2015.
O mapa abaixo mostra a situação das queimadas em todo o Brasil. Cada ponto marcado é um foco de incêndio monitorado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), usando 13 satélites. Os dados representados mostram a realidade em 24 horas, em todo o território nacional.