Publicado em:quarta-feira, 8 de abril de 2015
Postado por Unknown
'Justiça está sendo feita', diz mãe de Eduardo após PM-RJ afastar policiais
Terezinha de Jesus disse que últimos dias têm sido difíceis para a família. Polícia Militar do Rio de Janeiro afastou oito policiais envolvidos na operação.
Por G1 PI
'A justiça já está sendo feita e eu quero ver esses malditos atrás das grades', disse a mãe do garoto Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, morto no conjunto de favelas do morro do Alemão. O desabafo aconteceu depois que a Polícia Militar do Rio de Janeiro anunciou nesta terça-feira (7)o afastamento dos oito policiais envolvidos na operação que culminou na morte do menino.
"Já está começando a justiça que tanto peço a Deus. Eu vou lutar para que a memória do meu filho não seja esquecida e o que eu puder fazer para que isso aconteça, eu farei, porque eu quero ver esses malditos atrás das grades", desabafou.
No município de Corrente, extremo sul do Piauí, a mãe do menino, Terezinha de Jesus Ferreira, disse ainda ao G1 que os últimos dias depois da morte de Eduardo têm sido difíceis para ela e a família. Ela conta que a perda foi muito dura, o que tem tirado a paz em seu coração.
"Ainda estamos muito abalados, muito tristes, porque isso vai continuar para a minha vida toda. Hoje não tenho mais alegria. Foi uma perda muito grande. Os dias tem sido muito ruins, os piores da minha vida, eu diria", contou.
A missa de sétimo dia do menino Eduardo será realiza no domingo (12) em duas cerimônias, uma ocorre pela manhã, às 7h no Cemitério de Corrente, e a segunda à noite, quando será realizada uma outra missa na Paróquia São Francisco de Assis, no bairro Vermelhão, município de Corrente.
Dia 17 de abril os pais de Eduardo voltam para o Rio de Janeiro para ajudar a Polícia Civil nas investigações..
O filho de Terezinha, Eduardo Ferreira, de 10 anos, morreu ao ser atingido por uma bala durante uma operação realizada no conjunto de favelas no morro do Alemão, Zona Norte do Rio. O garoto foi baleado na porta de sua casa e morreu na quinta-feira (2). A mãe, Terezinha Ferreira, disse que um policial fez o disparo. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil investiga o caso.
Reconstituição
Durante a manhã desta terça, 13 líderes comunitários do Alemão se reuniram com o delegado da DH, Rivaldo Barbosa. Segundo ele, 16 pessoas, entre elas 11 policiais militares, já prestaram depoimento sobre a morte de Eduardo. O delegado continua ouvindo policiais e testemunhas e vai aguardar os laudos da perícia e o retorno dos pais da vítima para um depoimento mais aprofundado. Em seguida, marcará uma reprodução simulada do crime.
Rivaldo não quis comentar as declarações de moradores que disseram que PMs recolheram cápsulas de bala do local do crime. Segundo o delegado, a perícia recolheu alguma cápsulas que foram enviadas para análise.
"Não trabalhamos sobre pessoas. Nós investigamos os fatos. A reprodução simulada é imprescindível para esclarecer o caso. Precisamos estabelecer os locais onde estavam vítima, policiais e pessoas que possam ter visto ou ouvido o que aconteceu", disse. "Neste momento de dor, da perda de um filho, a mãe tem o direito de dizer o que quiser. O que posso dizer é que, ao contrário de fotos e informações que andaram circulando por aí, o Eduardo era uma pessoa de bem, que estudava e não tinha qualquer ligação com o tráfico."
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