Publicado em:domingo, 27 de julho de 2014
Postado por Unknown
Ricciardo toma ponta a duas voltas do fim e vence
O piloto brasileiro Felipe Massa ficou em quinto.
Por Imirante.com
AFP
Ricciardo toma ponta a duas voltas do fim e vence
Com duas ultrapassagens no final, Daniel Ricciardo (Red Bull) venceu o Grande Prêmio da Hungria, neste domingo. A última delas, sobre o espanhol Fernando Alonso, duas voltas antes de cruzar a linha de chegada. O pódio foi completado pelo inglês Lewis Hamilton, que fez grande prova de recuperação, depois de ter largado dos boxes em Hungaroring.
Essa foi a segunda vitória do jovem australianona Fórmula 1. No Canadá, em junho, ele já havia se tornado o único piloto além da dupla da Mercedes a vencer. Para repetir o feito da etapa de Montreal, foi ousado nos momentos finais da prova, retornando muito veloz dos boxes e indo para cima de Alonso e Hamilton, que tentavam se sustentar com pneus bastante desgastados, mas não conseguiram ceder às investidas.
Apesar de perder a liderança a duas voltas do fim, Alonso também merece destaque. O campeão mundial de 2005 e 2006 arriscou permanecer na pista seca com pneus médios e, por muito pouco, não deu à Ferrari sua primeira vitória depois de mais de um ano e dois meses. A última foi com ele próprio, em maio de 2013, no GP da Espanha. Neste ano, sua segunda posição deste domingo é o melhor desempenho da escuderia italiana.
A prova de Hamilton também não fica atrás. O vice-líder da temporada precisou largar dos boxes, por conta de uma pane em sua Mercedes no treino classificatório, e cruzou em terceiro. Uma recuperação que o colocou à frente, inclusive, do colega e líder do campeonato, Nico Rosberg. Dono da pole position, o alemão perdeu a dianteira depois da primeira entrada do safety car, na sétima volta, quando sua equipe apostou erradamente em pneus médios mesmo com o fim da chuva. Apesar disso, reencontrou-se ao longo da corrida e terminou em quarto.
Logo atrás dele, esteve Felipe Massa. Quinto colocado, depois de ter largado em sexto, obrasileiro chegou a liderar depois da metade das voltas, devido à estratégia da Williams de tentar seguir até o final com somente duas paradas. A 25 voltas do final, no entanto, ele foi novamente chamado aos boxes, o que comprometeu uma melhor pontuação. Como ponto positivo, ele cruzou três posições à frente do finlandês Valtteri Bottas, seu companheiro de equipe.
O resultado na Hungria diminui a diferença de Rosberg para Hamilton, de 14 para 11 pontos (agora 202 contra 191). Ricciardo segue em terceiro lugar, mas salta de 106 para 131 pontos, ao passo que Alonso chega a 115. Felipe Massa, por sua vez, conquista em uma única prova um terço dos pontos que tinha até então, saltando de 30 para 40.
A temporada agora tem uma pausa de quase um mês. A próxima etapa do calendário será somente em 24 de agosto, no circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica.
A prova - Com a pista molhada, Rosberg sustentou muito bem a primeira colocação garantida no treino classificatório. É verdade que ele não foi tão atacado como poderia ter sido sem chuva, mas outros pilotos - todos eles com pneus intermediários - perderam posições rapidamente no grid, como Vettel (de segundo para terceiro) e Massa (de sexto para oitavo).
Lewis Hamilton, que abandonou o classificatório depois de ter sido o dono dos melhores tempos nos três treinos livres, largou dos boxes. A ansiedade por se recuperar no grid fez com que ele perdesse o controle do carro logo na segunda curva da primeira volta. Deslize que não o tirou da corrida, porém. Nem esse nem outro logo na sequência. Aos poucos, ele foi fazendo ultrapassagens rumo à faixa de pontuação.
Além disso, a liderança de Rosberg, que registrava voltas mais rápidas, não durou muito tempo. Uma batida forte do sueco Marcus Ericsson, da Caterham, forçou a entrada do safety car na sétima volta. Muitas equipes aproveitaram a ocasião para a alteração para pneus de pista seca, dado o final da chuva. A Mercedes e a McLaren apostaram no contrário, e o líder do campeonato se deu mal, retornando em quarto lugar, logo atrás de Massa.
O safety car precisou permanecer na pista por mais sete voltas, pois o francês Romain Grosjean também se chocou contra a barreira de pneus. Na relargada, Ricciardo foi superado por Button, mas, avisado pela McLaren de que a aposta na chuva havia sido errada, o inglês (assim como Hamilton, seu companheiro de equipe) fez um novo pit stop para trocar pneu e cedeu a ponta ao australiano mais uma vez. Quem igualmente aproveitou a saída de Button foi Massa, deixando Bottas bem atrás e registrando o melhor tempo da corrida até então, na segunda colocação.
A partir do 20º giro, à essa altura já em em sétimo (só dois postos atrás de Rosberg), Hamilton tinha Vettel como próximo alvo. Mas, diferentemente dos outros pilotos ultrapassados pelo inglês, o alemão foi presa mais difícil. A disputa teve uma pausa duas voltas depois, quando o mexicano Sergio Perez perdeu o controle em trecho ainda escorregadio do traçado e chocou sua Force India na lateral da reta dos boxes, forçando o retorno do carro de segurança. Enquanto limpavam a pista, Ricciardo e Massa trocaram os pneus - a Williams arriscou voltar ao composto médio, na tentativa de não fazer nova parada até o final.
Em franca ascensão, Alonso herdou a dianteira, à frente de Vergne e Rosberg. O espanhol logo abriu diferença confortável para o segundo colocado, que passou a ser Hamilton na volta 34. Depois de finalmente superar Vettel e dar seguimento à sua recuperação, o inglês aproveitou a segunda parada de Rosberg para subir para terceiro e, na sequência, ultrapassar Vergne. Quatro voltas depois, com Alonso nos boxes, Hamilton teve mais dois giros na primeira colocação antes de também parar.
A maior agilidade da Ferrari garantiu Alonso na frente de Hamilton no realinhamento do grid, em terceiro e quarto, respectivamente. A 25 voltas do final, a estratégia da Williams para Massa se prejudicou, pois o brasileiro precisou do terceiro pit stop, no qual renovou os pneus intermediários, o que o levou para trás de Bottas, na sexta colocação. Por sua vez, Ricciardo se manteve por bom tempo com mais de dez segundos de frente na ponta, porém foi se tornando mais lento e teve que parar de novo na volta 54, cedendo a ponta a Alonso.
O espanhol, então, teria que se sustentar com o mesmo pneu até o final da prova. Em segundo, Hamilton não ofereceu a posição a Rosberg, a contragosto do pedido do colega e líder do campeonato, que foi orientado pela equipe a ir mais cedo para os boxes. Logo ficou visível, entretanto, que os líderes não suportariam à chegada cada vez mais rápida de Ricciardo. Hamilton resistiu à primeira investida a seis voltas do fim, mas foi ultrapassado dois giros depois. Restando duas voltas, foi a vez de Alonso, com pneus bastante desgastados, ceder ao avanço definitivo e vitorioso do jovem australiano.
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