Logo no início do confronto entre as seleções brasileira e colombiana, válido pelas quartas de final da Copa do Mundo, o que se via nas ruas e avenidas de São Luís era uma cena nada comum para o fim de tarde de uma sexta-feira. A sensação de quem circulava pelas principais vias da cidade era a de que toda a capital maranhense havia parado para assistir ao jogo. E, de fato, mal a bola começou a rolar, torcedores espalhados por diversos bares e restaurantes voltaram a atenção para um espetáculo que provocou um misto de alegria e a apreensão durante cerca de duas horas. No fim, a Seleção Brasileira acabou levando a melhor, finalizando o placar em 2 a 1 e garantindo uma vaga nas semifinais.

Presença colombiana

Em meio à onda verde e amarela que dominava um restaurante em um shopping center da capital, a reportagem do Imirante.com encontrou Daniel Marín, 30 anos de idade, natural da cidade de Medellin, na Colômbia. Único torcedor colombiano no local, Daniel está fazendo um programa de intercâmbio em São Luís há quatro meses. Em uma mesa cercada de amigos brasileiros, ele admitiu o favoritismo da Seleção Brasileira, mas garantiu que estava esperançoso de que seu país fosse classificado para as semifinais. “É difícil, porque o Brasil tem toda uma história, é pentacampeão. E a Colômbia não, é só a quinta participação. Mas eu acho que a gente pode ganhar”, comentou pouco antes de o jogo começar.

Entre a torcida e o trabalho

Enquanto muita gente foi liberada do serviço desde cedo para acompanhar a partida, funcionários de estabelecimentos que transmitiram o jogo não tiveram folga. Ainda assim, a atenção ficava dividida entre o atendimento aos clientes e a tela exibindo a briga das seleções pela vitória. Nos lances mais emocionantes do jogo, os trabalhadores se misturavam à clientela para extravasar a tensão ou a felicidade. “A galera aqui canta toda junta, comemora os gols todo mundo junto, é muita alegria”, diz Maurício Dutra, garçom de um bar na Lagoa da Jansen.

Amuletos da sorte

Os torcedores mais supersticiosos não abriram mão de usar objetos e acessórios que consideram verdadeiros amuletos da sorte. Camisas, chapéus, boás e outros adereços com as cores do Brasil marcaram presença nos bares onde os ludovicenses fizeram a festa. Um exemplo disso é Priscila Brito, que sempre assiste aos jogos com a mesma peruca verde e amarela.

O casal Alerson Cunha e Leidiane Balieiro, que levou a filha de dois anos de idade para torcer pela Seleção Brasileira em um restaurante, conta que também tem seus rituais da sorte: sempre cantam o hino por inteiro, vestem as mesmas camisas e carregam a mesma bandeira. “É uma brincadeira que a gente faz. A gente acompanha a torcida como se a gente estivesse no campo mesmo”, diz Leidiane.

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