Publicado em:sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Postado por Unknown
Protestos continuam na MA 230, próximo a Mata Roma e Anapurus
Moradores cobram investimentos em segurança pública na Região. "No meio dos manifestantes, pessoas pegam 'carona' e fazem politicagem", dizem organizadores.
Por Blog do William Fernandes
A MA 230, nas proximidades de Anapurus e Mata Roma está interditada por moradores das duas cidades, desde as 7h da manhã desta sexta (24). A população cobra investimentos em segurança pública. Nos últimos meses a criminalidade cresceu bastante e vários assaltos e homicídios foram registrados na região.
As filas formadas por carros, caminhões, carretas, ônibus e motos já passa de dois quilômetros, nos dois sentidos. Apenas ambulâncias e carros com idosos são permitidos passar.
O comandante da 4ª CI/PM de Chapadinha, Major Glauber, está no local desde cedo, com uma equipe de policiais da Força Tática. Já houve várias tentativas de negociação com algumas pessoas que se apresentaram como lideres da manifestação, mas sem sucesso.
O que se comenta no local é que a manifestação, que era para ser em prol da segurança da população, acabou se tornando um movimento político partidário, com pessoas ligadas a grupos políticos de oposição às prefeitas de Mata Roma e de Anapurus, infiltradas no meio dos manifestantes.
Os verdadeiros organizadores do manifesto mandaram desligar os microfones dos carros de som que estavam no meio do povo, para evitar discursos com viés político-partidário.
Há familiares de vítimas de homicídios com fotos e cartazes pedindo justiça, mas em meio à dor dessas pessoas, houve distribuição de panfletos anônimos com críticas e acusações contra a prefeita de Anapurus, Tina Monteles, o que foi classificado por ela de “oportunismo barato e criminoso de pessoas que não têm compromisso com a cidade de Anapurus”.
Tina disse ainda, que é plenamente a favor da manifestação em prol da segurança de todos e que vem mantendo contatos frequentemente com o comandante da PM do Maranhão, Cel. Zanoni Porto, no sentido de aumentar o efetivo da PM na cidade, além de cobrar do governo estadual mais investimentos na polícia investigativa.
"Precisamos da Polícia Civil na cidade, pois só pegando os "cabeças" da bandidagem é que vamos diminuir a criminalidade na cidade e na Região", disse a prefeita.
Uma comissão da organização do protesto na rodovia foi recebida por Tina Monteles e pelo comandante da 4ª CI, Major Glauber e a prefeita reafirmou seu apoio aos manifestantes e à PM. Ela disse que fará o que for necessário para ajudar à PM na segurança de seu município. “"não deixarei a crueldade dos criminosos silenciar o grito de PAZ que a sociedade anapuruense merece." Apoiarei, com toda força e determinação, de forma INCONDICIONAL, qualquer movimento democrático, pacífico e ordeiro que busque a tranquilidade de todos nós, dia a dia, só não admito atitudes mesquinhas de gente oportunista que se aproveita da dor de familiares das vítimas da violência para fazer politicagem. Eu sei quem está por trás deste pasquim. São pessoas que não merecem a menor credibilidade", ressaltou a gestora, referindo-se à distribuição, no meio da manifestação, de panfletos anônimos ofensivos à sua pessoa, desviando o foco do protesto.
À comissão, Tina deu garantias que continuará apoiando a PM com combustível para viaturas e alimentação para novos policiais. Atualmente a PM de Anapurus conta com apenas sete policiais (dois por dia) e uma viatura. Disse ainda, que vai conversar com o secretário de segurança do estado, Aluísio Mendes, na segunda-feira, quando de sua visita a Mata Roma, para tratar sobre possibilidade da construção de um presídio no município.
Ao retornar ao local da manifestação, a comissão e a PM foram mal recebidas por algumas pessoas que tomaram a frente do protesto. Mesmo com a garantia da prefeita e do Major Glauber em intensificar a segurança com mais viaturas e policiais, os manifestantes disseram que não iam mais liberar a pista enquanto as prefeitas das duas cidades não comparecessem ao local para assinar algum documento se comprometendo em fazer o que é dever do estado.
O major disse aos manifestantes que questões administrativas dos municípios deveriam ser resolvidas com as gestoras, mas que em relação à segurança, ele se comprometia em levar mais policiais e mais viaturas para fazer rondas ostensivas nas duas cidades, mas algumas pessoas insistiam em exigir a presenças das prefeitas.
A intransigência de algumas pessoas provocou sérias discussões entre moradores, já que o objetivo da manifestação era chamar a atenção para a problemática da falta de segurança e aguardar o pronunciamento das autoridades e não discutir problemas administrativos no meio da rua.
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