Publicado em:sábado, 23 de novembro de 2013
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Confira a segunda parte do especial sobre o Santa Cruz

O Imirante Esporte elaborou uma série de matérias sobre o rival do Sampaio na final da Série C.

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Jogadores do Santa Cruz festejam no Arruda: cena comum na vida da equipe pernambucana, finalista da Série C. (Foto: Jamil Gomes / Site oficial do Santa Cruz)
Neste sábado (23), o Imirante Esporte dá continuidade ao especial sobre o Santa Cruz, adversário do Sampaio Corrêa na grande final do Campeonato Brasileiro Série C. Na primeira matéria, publicada nesta sexta-feira (22), relembramos a campanha do time pernambucano, com destaque para os duelos na primeira fase diante do próprio Sampaio. Nesta segunda parte do especial, o Imirante Esporte fala sobre os jogadores que se destacam na equipe pernambucana, sobre o comando técnico e também da força da equipe jogando no Arruda. Confira.
Time-base
Em seu time titular, o Santa Cruz obedece ao ditado: ‘todo grande time começa com um grande goleiro’. O camisa 1, Tiago Cardoso, está no clube desde 2011, tem mais de 100 jogos com a camisa coral e é um dos grandes ídolos da torcida: presente no tricampeonato estadual e nos dois acessos, Tiago é conhecido como ‘o Paredão do Arruda’, alcunha semelhante a de Rodrigo Ramos, goleiro do Sampaio.
Nas laterais, o Santa conta com dois titulares indiscutíveis: na direita, setor que contou com muitas improvisações em toda a temporada, Oziel veio do rival Náutico na reta final da primeira fase para resolver o problema e assumir a posição. Na esquerda, Tiago Costa foi titular em boa parte da campanha coral, mas não joga na primeira partida: expulso contra o Luverdense, Tiago será substituído por Panda, titular do Campinense no título da Copa do Nordeste.
No miolo de zaga, apenas Renan Fonseca foi considerado titular absoluto do Santa, tendo jogado em quase todas as partidas nesta Série C. Leandro Souza, titular na maioria da primeira fase, perdeu espaço com a chegada de Vica e deu lugar a Everton Sena, que atuou diversas vezes, de forma improvisada, como titular da lateral-direita.
A dupla de volantes do Santa Cruz, em toda a campanha, alternou muito: primeiro, com Tozo de titular, seguido por Ramirez. O novo titular, desde a chegada de Vica, é Sérgio Manoel, que forma a dupla de contenção com o experiente Luciano Sorriso. No mesmo setor, Dedé, outro titular do Campinense campeão do Nordeste, tem atuado com certa frequência.
No setor de criação, apenas um nome vem sendo inquestionável desde o início da trajetória coral na competição: o meia Raul. Com 32 anos e passagens recentes por Icasa, ASA e ABC, ele é o dono da camisa 10 do Santa e responsável pela armação das jogadas. Natan, cria da base coral e considerado um dos melhores meias do elenco, tem formado dupla com Raul, mas está fora do primeiro jogo da final por conta de uma lesão. Com isso, o baixinho e habilidoso Renatinho, lateral-esquerdo de origem, deve ser mantido no setor contra o Sampaio.
Já na linha de frente, três atacantes se destacam: Denis Marques, Flávio Caça-Rato e André Dias. Com trancinhas similares as de Oséas, ex-atacante do Palmeiras na década de 90, Denis Marques teve passagens por Flamengo e Atlético Paranaense até chegar a Recife. Homem-gol do Santa nas últimas duas temporadas, Denis se tornou reserva após a chegada de Vica, que deu maiores oportunidades a André Dias. E André vem correspondendo: com oito gols, é o artilheiro do time pernambucano na Terceirona. Já Flávio Caça-Rato, conhecido nacionalmente por seu apelido folclórico e também por seu visual, é um dos xodós da torcida. Apesar de alternar entre a titularidade e a reserva, o camisa 7 foi responsável pelo gol do acesso contra o Betim, diante de um Arruda lotado.
O folclórico atacante Flávio Caça-Rato é um dos grandes destaques do Santa Cruz. (Foto: Antonio Carneiro / Gazeta Press)
O técnico
No início da Série C, o Santa Cruz era treinado por Sandro Barbosa, ex-zagueiro do clube e auxiliar técnico de Zé Teodoro, responsável pelo acesso à série C. Contratado após Marcelo Martelotte deixar o clube, Sandro nunca foi unanimidade e acabou deixando o cargo após a uma derrota por 3 a 1 para o Luverdense, na primeira partida do returno da primeira fase. Em seu lugar, chegou Vica, que havia sido demitido do Treze, adversário na fase de grupos. Credenciado por seu bom desempenho no Fortaleza, onde ficou a um passo do acesso, Vica promoveu uma série de mudanças na equipe titular, com destaque para as entradas de Oziel, Everton Sena, Sandro Manoel e André Dias. O novo treinador deu um impacto extremamente positivo no clube coral, com a equipe terminando a primeira fase na liderança e conquistando, com 100% de aproveitamento, o acesso e a vaga na final.
Contratado durante a disputa da Série C, o técnico Vica foi um dos responsáveis pelo acesso coral. (Foto: Jamil Gomes / Site oficial do Santa Cruz)
A força do Arruda
Em seus jogos no estádio do Arruda, a torcida do Santa Cruz entoa, a plenos pulmões, o canto ‘sempre vou te amar, nunca vou te abandonar’. E essa fidelidade da torcida coral impressiona: desde a Série D, o Santa possui uma das melhores médias de público do Brasil. Na atual temporada, o Tricolor é dono de cinco dos dez maiores públicos da Série C, incluindo o maior deles: 60.040 torcedores na conquista do acesso diante do Betim. Na média, o time pernambucano impressiona ainda mais: são 26.192 torcedores por partida, a segunda melhor entre os 101 clubes das quatro divisões do futebol brasileiro.
A presença da torcida, claro, rende bons frutos ao Santa dentro de campo: foram nove vitórias, dois empates e apenas uma derrota nesta Série C, o que dá um aproveitamento de 80,55% dos pontos ganhos. Desde a chegada de Vica, o clube está invicto dentro de seus domínios, sendo que uma das únicas equipes que não saiu derrotada do Arruda foi justamente o Sampaio Corrêa, que empatou em 0 a 0 no dia 29 de setembro.
Arquibancadas do Arruda lotadas: o Santa é dono da segunda melhor média de público do futebol brasileiro. (Foto: Divulgação)
Campanha fora de casa
Se o desempenho do Santa Cruz como mandante é um dos melhores da Série C, o papel como visitante deixa a desejar: na primeira fase, foram três vitórias em nove jogos, sendo duas delas contra equipes rebaixadas (Baraúnas e Rio Branco) e uma diante de um time que só escapou da degola na última rodada (Cuiabá). Além disso, foram cinco derrotas fora de casa (uma delas para o Sampaio, no Castelão). O desempenho melhorou no mata-mata, quando a Cobra Coral não se intimidou e venceu Betim e Luverdense em terras adversárias.
Artilharia
André Dias (atacante) – 8 gols
Denis Marques (atacante) e Raul (meia) – 5 gols
Flávio Caça-Rato (atacante) – 4 gols
Luciano Sorriso (volante) e Renatinho (meia) – 3 gols
Renan Fonseca (zagueiro) e Natan (meia) – 2 gols
Everton Heleno (volante), Júnior Xuxa (meia), Oziel (lateral-direito), Sandro Manoel (volante) e Tiago Costa (lateral-esquerdo) – 1 gol

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