Publicado em:domingo, 9 de agosto de 2015
Postado por Unknown
Sem acordo, greve dos policiais civis no Maranhão entra no sexto dia
Por G1 MA
Sem resposta favorável do governo do Maranhão às solicitações, os policiais civis seguem de braços cruzados. A greve entra, neste sábado (8), ao sexto dia. A categoria se concentrou no Plantão Central de polícia do Parque do Bom Menino, no Centro de São Luís.
Na sexta-feira (7), em uma reunião no Palácio dos Leões – sede do governo estadual –, os secretários de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela, e de Articulação Política, Márcio Jerry, orientaram os representantes da categoria a suspender a paralisação e manter a mesa de negociações com o governo, conforme informou ao G1 o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Maranhão (Sinpol-MA), Heleudo Moreira. Em assembleia realizada na manhã deste sábado, eles decidiram pela continuidade da greve. Segunda-feira (10), a categoria realiza uma nova assembleia.
Por meio das redes sociais, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), descartou qualquer possibilidade de negociação em 2015 com os policiais civis do Maranhão. "Concedemos aos policiais o maior aumento de remuneração do Brasil neste ano. Os policiais civis tiveram reajustes de 20% a 38%. Já fizemos o máximo possível neste ano. Não posso e não vou 'quebrar' o Estado. Vamos fazer novas negociações no próximo ano", escreveu.
Os policiais civis reivindicam melhores condições de trabalho e pleiteiam a reestruturação do subsídio com base nas tabelas apresentadas pelo governo do Maranhão. Também estão na pauta assunto como aumento do efetivo, tecnologia, inteligência policial e melhores condições de trabalho. Durante o movimento, apenas 30% do efetivo nas delegacias e regionais dão continuidade ao atendimento à população, conforme previsto em lei. Peritos e delegados não aderiram à greve. No Estado, são 2.116 policiais civis e, pelos dados do Sinpol-MA, mais de 80% da categoria aderiu à paralisação.
Ilegalidade da greve
O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA)determinou, na terça-feira (4), que o Sinpol-MA suspendesse o movimento grevista. A sentença do desembargador Kleber Carvalho ordena que o órgão sindical deixe de "promover, divulgar ou incentivar qualquer medida que impeça ou embarace a regular e contínua prestação do serviço público inerente à atividade policial desempenhada pelos policiais civis do Estado do Maranhão".
A decisão prevê multa de R$ 20 mil por dia de descumprimento da determinação judicial, além de desconto salarial dos dias não trabalhados pelos servidores que continuarem em greve.
A medida é resultado de ação civil pública com pedido de antecipação de tutela ajuizada pelo Estado do Maranhão após o anúncio da greve. O sindicato tem 15 dias para apresentar contestação.
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