Publicado em:sexta-feira, 7 de agosto de 2015
Postado por Unknown
Famílias reagem contra despejo e param trânsito de São Luís
Por iDifusora
Foi liberado ontem, mas continua fluindo com lentidão, o trânsito na região central de São Luís devido uma manifestação de populares que reivindicam a posse de um terreno que eles vêm ocupando há quase dois meses no município de Paço do Lumiar.
“Disseram que o Márcio Jerry não está disposto a nos receber, e que o governador está viajando”, afirmou Nestor da Silva Almeida, um dos líderes da comunidade.
Eles esperam que todas as famílias sejam atendidas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Secretaria das Cidades, para que possam ter direito a moradia. A desapropriação do terreno está marcada para às 5h de segunda-feira (10). Segundo os manifestantes, a ordem de despejo foi expedida pela juíza Jaqueline Reis Caracas, titular da 1ª Vara da Comarca de Paço do Lumiar.
De acordo com informações repassadas ao jornalismo da TV Difusora pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), viaturas foram enviadas para o local a fim de desobstruir o trânsito. No entanto, somente com o uso de bombas de efeito moral lançadas pela Polícia Militar eles foram dispersando. O Batalhão de Choque da PM também esteve no local para tentar controlar o protesto.
Durante o movimento nenhum veículo conseguiu sair do local, exceto duas ambulâncias que tiveram o tráfego liberado pelos manifestantes. Alguns dos populares chegaram a deitar na Avenida Beira Mar em protesto.
“São 2.300 famílias praticamente desabrigadas. Se chegar a acontecer essa reintegração de posse, vão pra onde?”, indagou o manifestante Almir Santos da Conceição.
Das mais de duas mil famílias que habitam o local, 400 estão no centro de São Luís e pretendem passar a noite próximo ao Palácio dos Leões para que sejam recebidas nesta sexta-feira (07) por algum representante do Governo do Estado. Para impedir que a multidão subisse até a frente do Palácio, a Polícia Militar bloqueou o acesso à rampa da Praça D. Pedro II.
“Queremos moradia, polícia é para bandido”, “Deputados, honrem os votos dos pais de família”, “OAB, estamos ameaçados de morte” foram algumas das frases usadas em faixas pelos manifestantes. Com as viagens de ônibus paradas, usuários do transporte coletivo precisaram de paciência redobrada para esperar a volta para casa dentro dos veículos em longas filas formadas na avenida Beira Mar, pontes e vias adjacentes, ou nas plataformas do Terminal de Integração da Praia Grande.
“Nosso Governo dialoga com todos. O que não significa concordar com tudo que é reivindicado. Temos limites constitucionais, legais e fiscais. Também não podemos permitir manifestações violentas, que impedem livre circulação de pessoas. Governo deve zelar pelos direitos de terceiros”, afirmou o governador Flávio Dino em uma rede social.
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