Publicado em:quinta-feira, 21 de março de 2013
Postado por Unknown
Brasil abre 2 a 0, mas cede o empate à Itália em Genebra
Ainda não foi nesta quinta-feira(21) que a Seleção Brasileira voltou a vencer um adversário de tradição. No segundo amistoso sob o comando de Luiz Felipe Scolari, o ainda desentrosado time canarinho até abriu dois gols de vantagem no primeiro tempo de jogo contra a Itália, com gols de Fred e Oscar. Mas De Rossi e Balotelli igualaram a partida em 2 a 2 na etapa complementar, na cidade suíça de Genebra.
À procura de uma formação ideal para a Seleção, Felipão promoveu uma série de testes no decorrer do amisto. O veterano Kaká foi a primeira aposta do treinador, na vaga de Oscar, mas não chegou a encantar – como já não havia feito o seu concorrente Ronaldinho Gaúcho na derrota por 2 a 1 para a Inglaterra. A entrada de Fernando como titular da contenção do meio-campo também não reduziu sensivelmente os sustos para a defesa.
Dessa forma, Felipão tentará se aproximar um pouco mais da meta de encontrar um competitivo time titular para o Brasil diante da Rússia, na próxima segunda-feira, na capital inglesa de Londres. Será uma das últimas oportunidades de preparar a sua equipe para a Copa das Confederações deste ano – torneio que também contará com a participação da Itália.
O jogo
A Seleção Brasileira entrou em campo em Genebra liderada por Neymar. Primeiro da fila que se formou para as execuções dos hinos nacionais, o atacante do Santos parecia concentrado para finalmente ter uma atuação convincente. Só não resistiu por um momento, quando percebeu que estava sendo filmado e abriu um sorriso com o canto da boca.
O que mais Felipão queria nesta semana era dar motivos para os torcedores também darem risada. Para isso, preocupou-se primeiro em preencher alguns buracos que percebeu no meio-campo brasileiro na derrota para a Inglaterra. Fernando foi o encarregado de conter a movimentação da Itália, que incomodava Júlio César com chutes e cruzamentos constantes de Balotelli e Osvaldo, e mostrou personalidade até para cobrar uma falta com força.
Ainda no ataque brasileiro, Neymar se incumbiu de atuar mais recuado e auxiliar Oscar na armação de jogadas. Começou o amistoso com boas inversões de jogo e carregadas de bola. E até caiu menos em campo. A única vez em que foi acusado de simulação pelos italianos no primeiro tempo ocorreu em uma disputa de bola com o veterano Pirlo. Fred, com a mesma disposição, mais tarde respondeu com escorregão e carrinho em De Rossi – punido com o cartão amarelo.
Apesar da voluntariedade do Brasil, a Itália ainda era mais presente no ataque. A Seleção de Scolari esbarrava na marcação adversária quando estava no setor ofensivo, falhava em alguns passes e não conseguia desafogar o jogo pelas laterais do campo. Filipe Luís estava mais receoso em marcar na esquerda, enquanto Daniel Alves pedalava sem objetividade na direita.
Aos 32 minutos, Filipe Luís acertou um cruzamento. A bola foi desviada no meio do caminho e encontrou Fred livre de marcação na ponta direita. O centroavante que contestava Mano Menezes não hesitou para chutar firme, abrir o placar e dar um pouco mais de tranquilidade para Felipão trabalhar. O gol também ajudou o Brasil a se soltar em campo contra a Itália.
Aos 40, Neymar fez boa jogada pelo meio e enfiou a bola para Hernanes, que caiu na área por causa de dividida com De Sciglio e pediu o pênalti. O árbitro suíço Stephan Studer mandou o jogo seguir. Um minuto depois, não houve como derrubar Oscar. Neymar correu novamente pelo meio e acionou o meia do Chelsea, que finalizou no canto de Buffon para ampliar o marcador.
No intervalo, a vantagem brasileira dividiu os jogadores. Fred já falava em confiança para a Copa do Mundo de 2014 com uma grande apresentação, enquanto Júlio César reclamava dos erros de marcação e passe no meio-campo. Pela Itália, era unânime de que o time precisava mudar na etapa complementar. O técnico Cesare Prandelli fez a sua parte e colocou El Shaarawy e Cerci nos lugares de Osvaldo e Pirlo.
As alterações surtira efeito. Mais ofensiva, a Itália conseguiu descontar logo aos oito minutos, através de uma cobrança de escanteio. Daniel Alves errou na tentativa de cortar a bola, que sobrou para De Rossi concluir com categoria. Pouco depois, aos 12, Balotelli percebeu Júlio César adiantado e mandou a bola no ângulo. Tudo igual, para toda aquela confiança de que Fred desfrutava se esvair.
Felipão, de imediato, mandou os reservas aquecerem.
A primeira opção do treinador foi Kaká, bastante aplaudido ao substituir Oscar. Apesar de a Itália ter continuado melhor em campo, Prandelli também mexeu. Promoveu a entrada de Poli na vaga de Giaccherini ao mesmo tempo em que Felipão investiu no estreante Diego Costa no posto de Fred. Com tantas mudanças, a partida ficou menos emocionante e mais brigada. Os italianos chegaram a pedir cartão vermelho para Filipe Luís (que ficou com o amarelo) por falta feia em Poli, e Balotelli peitou Hernanes depois de uma disputa de bola.
Os testes dos treinadores prosseguiram nas duas equipes, aumentando o desentrosamento da Seleção Brasileira. A Itália tentou aproveitar para vencer a partida. Balotelli teve ótima chance para anotar o gol da vitória em mais uma falha de marcação do Brasil, porém Dante apareceu para travar a jogada, aos 30 minutos. Àquela altura, não perder para mais um time de tradição já parecia suficiente para um preocupado Luiz Felipe Scolari.
FICHA TÉCNICA
BRASIL 2 X 2 ITÁLIA
Local: Estádio de Genebra, em Genebra (Suíça)
Data: 21 de março de 2013, quarta-feira
Horário: 16h30 (de Brasília)
Árbitro: Stephan Studer (Suíça)
Assistentes: Sandro Pozzi e Jean-Yves Wicht (ambos da Suíça)
Cartões amarelos: Fred, Hernanes e Filipe Luís (Brasil); Maggio e Poli (Itália)
Gols: BRASIL:Fred, aos 32, e Oscar, aos 41 minutos do primeiro tempo; ITÁLIA: De Rossi, aos 8, e Balotelli, aos 12 minutos do segundo tempo
BRASIL: Júlio César; Daniel Alves, Dante, David Luiz e Filipe Luís (Marcelo); Fernando, Hernanes (Luiz Gustavo) e Oscar (Kaká); Hulk (Jean), Fred (Diego Costa) e Neymar
Técnico: Luiz Felipe Scolari
ITÁLIA: Buffon; Maggio, Barzagli, Bonucci e De Sciglio (Antonelli); De Rossi (Diamanti), Pirlo (Cerci), Giaccherini (Poli) e Montolivo; Balotelli (Gilardino) e Osvaldo (El Shaarawy)
Técnico: Cesare Prandelli