Publicado em:quinta-feira, 16 de outubro de 2014
Postado por Unknown

Conheça Jens Woernle: o alemão que é apaixonado pelo Sampaio Corrêa

Torcedor inusitado realizou sonho de ir ao centro de treinamento da Bolívia Querida

Por São Luís, MA
Ele nasceu em Stuttgart, na Alemanha, mora em Zurique, na Suíça e o destino o fez adorar ser chamado de 'boliviano'. Seu nome é Jens Woernle, de 45 anos, que se apaixonou pelo Sampaio Corrêa e atravessou o mundo para estar mais perto da Bolívia Querida.
As viagens a São Luís-MA são rotineiras desde 2006, quando conheceu o clube do coração. Quis o destino que neste ano, Jens tivesse um Superclássico pela frente, no aconchegante Nhozinho Santos.
- Uns amigos que fiz por aqui em 2006 foram para um jogo bem perto de onde estava hospedado e me convidaram para assistir. Naquela oportunidade, curiosamente, era um jogo entre Sampaio e Moto. Fiquei impressionado com a força do jogo. Os jogadores com muita seriedade, teve faltas demais (risos). Me encantei com tudo. Fiquei impressionado com aquele pequeno buraco no muro. Não dá para ver a pessoa que vende o bilhete. Fiquei procurando no buraco, pois não sabia bem quanto custava, mas perguntei e consegui comprar – contou.
Alemão Jens Woernle ao lado de filho Vênus em São Luís-MA (Foto: Arquivo Pessoal/Jens Woernle)Jens Woernle, alemão que mora na Suíça, ao lado de filho Vênus em São Luís-MA (Foto: Arquivo Pessoal/Jens Woernle)

Logo, o alemão de Stuttgart se apaixonou pelas cores da Bolívia Querida. A camisa única, a torcida sempre entusiasmada, a história do clube, enfim, tudo fazia sentido. Ele era um boliviano...

 O avião e o serviço postal, gostei muito disso. Achei essa história muito boa e decidi comprar uma camisa também.
Jens Woernle
- A camisa é muito especial para mim. O time é muito popular. O carinho começou quando vi nas ruas muitas pessoas com ela. A todo o momento passa alguém. Foi quando comecei a me interessar pela história do clube. Pesquisei na internet em casa. O avião e o serviço postal, gostei muito disso. Achei essa história muito boa e decidi comprar uma camisa também. Lembra também as cores do reggae, que foi também uma cultura que me apaixonei. As duas coisas se juntaram na minha cabeça – disse.
 Mal sabia Jens Woernle, que oito anos depois da paixão arrebatadora, ele iria realizar o sonho que o “alemão boliviano” talvez achasse impossível de se concretizar: assistir um treino do Sampaio à beira do gramado, tirar fotos com jogadores, e viver o clima da sua Bolívia Querida como um torcedor maranhense.
O GloboEsporte.com conheceu a história do torcedor inusitado, soube de suas viagens de rotina para São Luís, que comumente acontecem a trabalho, já que Jens é documentarista e acompanha a cultura maranhense, e tratou de realizar esse sonho: levar Jens Woernle a um treino do Sampaio.
O ilustre torcedor parecia um menino, nos seus melhores momentos de infância. Tudo era encantador. Estar ao lado de sua Bolívia Querida na sua pequena visita lhe parecia o melhor programa de uma viagem cheia de compromissos. 
- Foi interessante demais, muito legal, muito legal! Gostei muito dos jogadores. O treinamento me pareceu com muita alegria. Para mim, pareceu que na verdade são todos amigos, que fazem parte de um projeto que gostam demais. Não é como uma empresa onde todo mundo chega para trabalhar. Gostei muito deles – falou.
Jens Woernle realizou o sonho de ir ao Centro de treinamento do Sampaio (Foto: Afonso Diniz/GloboEsporte.com)Jens Woernle realizou o sonho de ir ao centro de treinamento do Sampaio (Foto: Afonso Diniz/GloboEsporte.com)

Se esforçando no português, Jens tentava descrever a paixão que sente pelo Sampaio Corrêa. O alemão radicado na Suíça lembrou até de um momento inusitado, que o fez lembrar que era um autêntico boliviano.

- Gosto muito de ser chamado de boliviano. Gosto muito disso... Nunca fui à Bolívia, mas já estive no Peru e fiquei perto da fronteira. Tem uma história curiosa até. Já depois de conhecer o Sampaio, quando estava em minha casa, em Zurique, na Suiça, o presidente da Bolívia, Evo Morales, foi protestar contra uma possível retirada de jogos na altitude e chegou a jogar futebol para isso. Lembrei muito do meu time e de ser chamado de boliviano. Foi engraçado! Logo pensei no Sampaio - disse rindo bastante.
Jens Woernle e Vênus eram só alegria no CT do Tricolor (Foto: Afonso Diniz/GloboEsporte.com)Jens Woernle e Vênus eram só alegria no CT do Tricolor (Foto: Afonso Diniz/GloboEsporte.com)
Aliás, a distância já foi um empecilho para o alemão que resolveu torcer para um time de futebol do Maranhão. Segundo ele, no começo era difícil conseguir informações sobre o Tricolor, mas com o atual momento (o Sampaio na Série B), as coisas melhoraram também para Jens Woernle.
- No início tentei algumas vezes ver ou mesmo acompanhar os resultados, os pontos atuais do ano e tudo isso. Mas não deu certo e acho que não tinha site sobre o Sampaio nessa época. Eu pelo menos tive dificuldades. Mas cada vez que voltava ao Maranhão, conseguia me informar cada vez mais sobre o time. Atualmente, ficou muito bom, pois consigo facilmente as informações – afirmou.
E a paixão de europeus pelo time maranhense já está se disseminando. Casado com uma Suíça, Jens tem um filho, Vênus, que também já se orgulha de ser boliviano.
- O momento que o capitão (Edimar) o chamou (Vênus) para brincar com a bola foi muito bacana. Ele me disse que ia jogar com toda força. O máximo de força que ele tem na hora do chute – contou o alemão.
Menino de cinco anos, Vênus, joga bola com capitão do Sampaio, Edimar (Foto: Arquivo Pessoal/Jens Woernle)Menino de cinco anos, Vênus, joga bola com capitão do Sampaio, Edimar (Foto: Arquivo Pessoal/Jens Woernle)

Além de documentarista, Jens Woernle também trabalha com engenharia eletrônica. Sobre isso, o alemão conta uma história curiosa.

- Lá em casa tenho clientes e cuido do sistema de informática deles. A senha maior, que entra em todas as máquinas é o nome do Sampaio (risos). Acho que uns 50 computadores estão conectados a senha Sampaio. O Sampaio está no coração da informática da Suíça (risos). Agora com esta publicação vou ter que mudar a senha para Moto (rival do Sampaio), mas não sei se os computadores vão funcionar bem – brincou.
Woernle aproveitou tudo, inclusive para tirar uma foto com o atual camisa nove do time, Willian Paulista. A relíquia já é motivo de orgulho para o alemão.
- Essa foto é motivo de muito orgulho. Já mostrei a alguns amigos. Fiquei muito feliz – sorriu.
Jens Woernle e Vênus ao lado do camisa nove do Sampaio, Willian Paulista (Foto: Afonso Diniz/GloboEsporte.com)Jens Woernle e Vênus ao lado do camisa nove do Sampaio, Willian Paulista (Foto: Afonso Diniz/GloboEsporte.com)

Acostumado com a sala de troféu dos modestos times suíços, Jens se impressionou quando visitou o memorial do Sampaio. A felicidade estava estampada em seu rosto e orgulho de ser boliviano aumentava.
- Impressionante. Achei demais. Não imaginei que fosse uma coleção tão grande. Conheço a sala do time da minha cidade, o Zurique, e é bem menor que a do Sampaio – disse espantado.
Sala de troféu do Sampaio também foi visitada pelos torcedores ilustres (Foto: Afonso Diniz/GloboEsporte.com)Sala de troféu do Sampaio também foi visitada pelos torcedores ilustres (Foto: Afonso Diniz/GloboEsporte.com)

Com o sonho realizado, Jens Woernle se esforçou de novo para falar sobre o significado do Sampaio na vida dele. O torcedor inusitado aproveitou para pedir algo especial ao time.

- Para mim, o Sampaio significa um time de muita simpatia. Espero que o Sampaio possa guardar esse espírito de um time com alegria. Talvez logo o Sampaio chegue à Série A, mas isso também vai ser perigoso para o time. Pois quanto mais alto você sobe, mais vai ter dinheiro, mais se torna um time comercial e alegria pode se perder um pouco. Mas claro, o lado profissional é sempre positivo, para os jogadores é bom que passam a ganhar mais, vai mais público no estádio, a tática do time vai aumentar, mais métodos de treinamentos e estrutura para o clube. Mas, não sei se me compreende, espero que o Sampaio não vá perder esse espírito bom – finalizou.
Jens Woernle, já esteve em São Luís-MA por oito oportunidades. O alemão esteve na capital maranhense intercalando férias e projetos de documentários. O “alemão-boliviano” deixa o Brasil ainda este mês.
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